CRÔNICA POPULAR
No estado de Minas Gerais, a polícia prendeu ontem dois fiscais do Serviço de Inspeção Federal e diretores de duas cooperativas de produtores de leite.
Eles são acusados de misturar no leite substâncias proibidas, como água oxigenada e soda cáustica para facilitar a conservação do produto.
Duzentos policiais federais cumpriram 25 mandados de prisão e 22 mandados de busca e apreensão.
Em Passos, os agentes vasculharam os escritórios e o laticínio da Casmil, Cooperativa
Agropecuária do Sudoeste Mineiro. O presidente, Dácio del Fraro, e diretores da cooperativa foram presos.
Dois funcionários do Serviço de Inspeção Federal também foram detidos.
A Casmil é a maior cooperativa de leite do sul de Minas, com cerca de dois mil cooperados e uma produção superior a 300 mil litros por dia. Suspeita-se que a adulteração do leite ocorria há pelo menos três anos.
De acordo com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, análises de laboratório encontraram nos produtos da Casmil substâncias que podem causar danos à saúde. Uma delas é o peróxido de hidrogênio, conhecido como água oxigenada, usado para conservar o leite por mais tempo. De acordo a polícia, parte do leite adulterado era fornecida a outras empresas e vendida em todo o país em embalagens longa vida.
Conforme declaração ao site do Telejornal Hoje, o delegado da Polícia Federal, William Nascimento informou: “Há indícios de que esse leite já estava impróprio para o consumo e recebia adição de produtos químicos justamente para disfarçar. Foi encontrado inclusive soda cáustica no leite”.
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