quinta-feira, 31 de julho de 2008

Especial, parte 4: Seria o Lago Cheko a cratera da “coisa” que caiu em 1908?

Por Cristina Possamai
Crônica Popular & Portal G1

Uma cratera?

Na década de 60, dois cientistas russos estudaram a região de Tunguska e divulgaram a descoberta de um pequeno concentrado de água, o lago Cheko, há 8 km do suposto epicentro da “coisa”. Naquele momento, um dos pesquisadores levantou a hipótese de que essa lagoa fosse uma cratera resultante do impacto do estranho meteorito.

Mas, o geólogo e astrônomo soviético Kirill Pavlovich Florensky rejeitou tal tese, pois ele achava, baseado no estudo do fundo do lago, que a formação dele era mais antiga do que a data da queda.

Recentemente, em junho de 2007, os pesquisadores italianos Luca Gasperini, Enrico Bonatti e Giuseppe Longo da Universidade de Bologna, depois de pesquisarem do fundo do lago na região, concluíram que o Cheko era muito diferente dos outros lagos siberianos, que apresentavam, geralmente, um fundo chato.

A forma afunilada do lago Cheko é muito semelhante à estrutura dos lagos produzidos por crateras de impacto. Essa descoberta serviu de estímulo para que os pesquisadores italianos procurassem uma associação maior com o evento. Pesquisando em mapas geográficos da região anteriores a 1908, os pesquisadores localizaram um mapa militar da época czarista de 1883, onde não existia um registro do lago.

Pessoas nativas da região confirmaram que o lago teria sido formado depois da explosão de 1908. E pesquisas feitas pelas paleobotânicas italianas Carla Alberta Accorsi e Luíza Forlandes, da Universidade de Bologna, verificaram que os depósitos do lago não superavam um metro de espessura, característica compatível de uma formação mais recente.

Os pesquisadores italianos localizaram, após criteriosa análise dos perfis obtidos sobre todo lago, um ponto mais profundo no centro do lago provavelmente um objeto rochoso de cerca de um metro de diâmetro. Esses resultados foram reforçados pela descoberta de anomalias magnéticas observadas no mesmo ponto durante o levantamento com magnetômetro.

Os italianos pretendem voltar para perfurar o centro do lago com objetivo de atingir o objeto que poderia ser fragmento do meteorito de Tunguska, ainda em 2008.

Será que esse mistério secular será, enfim, desvendado?



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