quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Promotoria italiana pede 13 anos de prisão para ex-dono da Parmalat

Da Agência EFE

Os promotores pediram hoje uma pena de 13 anos de prisão para o ex-proprietário do grupo alimentício Parmalat, Calisto Tanzi (foto), no processo realizado em Milão pela falência da sociedade que deixou um rombo financeiro de 14,5 bilhões de euros e causou perdas a 150 mil pequenos investidores.

Neste julgamento, no qual também são acusados o banco suíço UBS, o americano Morgan Stanley e alemão Deutsche Bank, julgam-se os crimes de especulação, obstrução à vigilância do regulador da bolsa e falsos comunicados relativos à quebra fraudulenta do grupo.

Em março, teve início, em Parma, o julgamento principal sobre a falência desta sociedade, descoberta em dezembro de 2003, em um processo no qual são acusados o banco Tanzi e outros 25 réus.Os promotores Eugenio Fusco, Francesco Greco e Carlo Nocerino pediram também três anos e meio de reclusão para o ex-responsável da Parmalat na Venezuela, Giovanni Bonici.

Do resto de acusados neste processo, a Promotoria solicitou seis, cinco e três anos de meio de prisão, respectivamente, para Luca Sala, Louis Moncada, Antonio Luzi, ex-assessores do Banco da América; e cinco anos para os ex-dirigentes da Parmalat, Luciano Silingardi e Paolo Sciumé.

A acusação pediu também quatro anos para o diretor do grupo Enrico Barachini. Os promotores indicaram ao Tribunal seu desejo de que não sejam concedidos atenuantes para todos os acusados, com exceção de Luzi e Barachini.Para outro dos acusados, a Italaudit, ex-Grant Thornton, pediu-se uma multa de 300 mil euros e o confisco de outros 600 mil euros.

Nas últimas vistas, UBS, Deutsche Bank e Morgan Stanley pediram para fazer acordos sobre a pena que servirá para ressarcir os pequenos poupadores que perderam parte de seus investimentos após a quebra da sociedade. Alguns meses atrás, oito das pessoas também acusadas neste julgamento, ex-assessores e ex-dirigentes da Parmalat, fizeram acordos sobre suas penas.Durante suas acusações, o promotor Francesco Greco se referiu em várias ocasiões à responsabilidade dos bancos ao acobertar a situação financeira da Parmalat.

Em particular, Greco acusou, sobretudo, o Banco da América, que inventou "todos os truques possíveis para dissimular as dívidas da sociedade". O julgamento seguirá nos próximos dias com os pedidos da parte civil, entra as quais se encontram os pequenos investidores italianos.


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