quinta-feira, 16 de abril de 2009

Por cima da carne seca, Brasil empresta bilhões ao FMI

Da FolhaOnline

Entrar para o grupo dos credores do FMI é mais um passo no esforço do Brasil para ter uma influência internacional mais forte, avaliam analistas. Do desejo de poder manifestado em todas as cúpulas mundiais, aos poucos se passa à ação.


"Desde que os seus indicadores econômicos melhoraram, nos últimos anos, o país começou a ser visto de uma outra forma", diz Otto Nogami, professor de ambiente econômico global do Ibmec São Paulo. "Agora, estamos em destaque, mesmo comparando com os outros emergentes. Não somos uma potência, mas doravante nos convidarão a opinar nas reuniões de líderes mundiais."É como se tornar sócio honorário do clube, portanto.

Essa posição foi construída sobre uma base frágil, no entanto, alertam os especialistas.


"Nossa reserva internacional de US$ 200 bilhões também está relacionada ao forte crescimento apresentado pela China e pela Índia nos últimos anos, e não ao grau de investimento obtido pelo Brasil. Neste início de 2009, os saldos acumulados pela balança comercial do país não se mostram muito favoráveis", ressalta Nogami. "Em resumo, encontramo-nos em uma situação confortável, porém não dá para estourar champanhe."


Na sua opinião, para conseguir que tal condição seja duradoura, o Brasil precisa realizar melhorias como a da sua infraestrutura e levar adiante reformas básicas -a tributária e a trabalhista, por exemplo. Dessa maneira, seria possível atrair mais investimentos e impulsionar um desenvolvimento sustentável no longo prazo.


O último empréstimo concedido pelo FMI ao Brasil foi em agosto de 2002, quando a perspectiva da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva deixou o mercado financeiro nervoso, fazendo o dólar comercial disparar para perto dos R$ 4 e levando fortes turbulências à Bolsa de Valores.

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