terça-feira, 5 de abril de 2011

O lado mais obscuro da Ditadura Militar brasileira em cena no SBT

Por Cristina Possamai

Crônica Popular

Em um momento raro de ousadia na dramaturgia do SBT, Tiago Santiago assina a nova novela "Amor e Revolução". Ambientada nos anos de chumbo da Ditadura Militar, a trama gira em torno da líder estudantil Maria Paixão (Graziela Schmitt) e o militar José Guerra (Claudio Lins). Ele é um major que discorda do golpe e vive conflito interno por ser de família de militares, mas apaixonado por uma comunista.


Segundo descrição do próprio autor, a ideia era recriar uma história de "Romeu e Julieta" nos moldes brasileiros. Com orçamento estimado em R$ 2 milhões, a megaprodução é a maior aposta do canal de Silvio de Santos para 2011. O dono do Baú tem dito em seus programas que exige que a trama atinja a meta de 10 pontos no Ibope. Caso isso não aconteça, o autor Tiago Santiago terá problemas.

Exibido às 22h15min, a classificação indicativa da novela ainda é com temática imprópria para 14 anos, contudo, pelas cenas que vazaram antes da estreia, as sequencias com torturas e confrontos armados serão extremamente realistas podendo interferir na mudança do horário.

O elenco chama atenção pela qualidade e outro atrativo do folhetim será a utilização de depoimentos de pessoas que atuaram a favor e contra o regime militar no fim de cada capitulo. Nunca a televisão brasileira deu amostrar de retratar com tanta intensidade a época da Ditadura. Santiago promete uma novela com elementos extremamente reais e impactantes. O primeiro passo será dado nesta noite a partir das 22h15min.

Com tanta vocação para a mesmice na atual dramaturgia brasileira, "Amor e Revolução" se torna - antes mesmo de sua estreia - a maior promessa de inovação e ousadia da TV Brasileira.

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