terça-feira, 19 de julho de 2011

SBT e a síndrome de canal nostalgia

Cronica Popular

Tudo no SBT reluz como pertences esquecidos em um velho baú: bom, razoável e saudoso. É incrível como o canal do maior comunicador do país tenha gasto tanta energia olhando e se espelhando em um passado glorioso, entretanto, ultrapassado. Os anos competitivos do “canal mais feliz do Brasil” ficaram para trás acompanhando o pensamento pequeno e amedrontado da atual diretora.

Coincidentemente, a emissora obteve excelente repercussão no mundo virtual graças ao “Festival 30 anos”, que tenciona resgatar os maiores sucessos da casa, inclusive, a recuperação dos famosos episódios perdidos do fenômeno “Chaves”. Os telespectadores vibraram com a promessa de que em agosto os capítulos seriam exibidos mesmo com qualidade inferior.

É impressionante que formulas tão desgastadas como “A Praça é Nossa”, “Bom Dia e Companhia”, os quadros do “Programa Silvio Santos” e o tardio “Tele Seriados” ainda rendam altos índices de audiência para a emissora. Particularmente, eu considero o SBT o canal mais simpático do Brasil, o ingrediente mais suave da Guerra Fria pelo Ibope protagonizada por Record e Globo.

Durante as sessões intermináveis de novelas globais e jornais sensacionalistas da emissora de Edir Macedo, a escolha pelo entretenimento mais simples e ingênuo sagra-se vitorioso e o controle remoto aponta para o SBT. Quando as matérias do Fantástico ou do Domingo Espetacular tornam-se intragáveis, a opção mais suave recai sobre o bom e velho Silvio Santos.

A sensação é que o Sistema Brasileiro de Televisão se transformou na emissora “café com leite”, ou seja, o canal de quem ninguém espera absolutamente nada, mas, acaba retornando mais cedo ou mais tarde. A única dúvida é saber por quanto tempo as glórias do passado terão fôlego para manter a emissora no páreo. Entretanto, se o próprio Silvio Santos continua dando lições valiosas de como entreter no domingo à noite quem realmente se importa com simples números? Afinal, sempre existirá quem ache graça nas piadas do criador do Baú da Felicidade e nas peripécias do eterno menino do barril.

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