quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Fifa escolheu Rússia e Catar para as Copas de 2018 e 2022

De O Correio do Povo

A Fifa quer levar o futebol a novos territórios e, de quebra, garantir lucros sem precedentes.

Foi com base nesses objetivos que a entidade máxima do futebol escolheu a Rússia para sediar a Copa de 2018 e Catar para a de 2022. Pela primeira vez o Mundial irá ao Leste Europeu e ao Oriente Médio, ainda que a avaliação técnica dos próprios especialistas da Fifa indicasse que eram as duas piores candidaturas. Mas os membros da entidade acabaram votando por aqueles que prometem gastar mais.

A Fifa vivia um dilema interno entre o de levar a Copa a novos mercados, onde os lucros eram maiores, ou àqueles países onde tudo já estaria pronto. Dentro da entidade, o sentimento de alguns é de fadiga em relação às indefinições sobre o Mundial de 2014 no Brasil e os problemas na África do Sul.

Cálculos apresentados pelos governos da Rússia e do Catar indicam que os países emergentes serão os motores do crescimento da economia mundial na próxima década. Ontem mesmo ativistas criticaram a escolha e alertaram que os dois países escolhidos estão entre os que mais apresentam violações aos direitos humanos. A imprensa é frequentemente censurada e a democracia é ainda apenas um projeto.

Para o futuro, os tradicionais países europeus, como Inglaterra e Espanha, insistem que está na hora de a Copa voltar à Europa Ocidental em 2026. Porém, eles terão mais um obstáculo de um país em expansão: a China.

Comparação entre as cidades candidatas

A Rússia, sem estádios ainda construídos e nem infraestrutura, bateu a candidatura conjunta de Espanha e Portugal, onde a Copa poderia ocorrer “no mês que vem”. A Inglaterra passou pela mesma situação. No Japão e na Coreia do Sul, os governos indicavam que não gastariam nada em estádios. Nos Estados Unidos, Bill Clinton foi mais explícito: não haveria um só dólar do governo para as arenas. Os russos optaram pelo discurso de que têm de construir tudo e, portanto, oferecem contratos bilionários. Moscou gastará US$ 3,8 bilhões em 13 novos estádios.

Já o Catar foi a sede que mais surpreendeu. O calor do deserto e o fato de o país ser basicamente apenas uma cidade (Doha) pesavam contra. Mas isso parece ter não sido um problema, diante da promessa de que os lucros para o futebol no Oriente Médio seriam de US$ 14 bilhões até 2022.

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