bebê é jogado contra a parede pelos pais

Menino de 1 ano foi encontrado pela PM sozinho em casa, machucado, sujo e com fome

Do Supernotícia

Descalço, sujo, com muita fome, chorando e com vários ferimentos pelo corpo, que teriam sido provocados após ter sido jogado contra uma parede pelos próprios pais. Foi nesse estado que a Polícia Militar encontrou um bebê de 1 ano e 3 meses, na manhã de ontem, no bairro Boa Vista, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O menino estava em um barracão, onde mora com os pais, que não estavam na residência. Um lugar com muita sujeira e com o ar carregado com o cheiro de crack, que a polícia descobriu depois de receber um comunicado do Conselho Tutelar da cidade.

"A casa estava trancada. Ao entrar, encontramos a criança. Os vizinhos disseram que depois de uma briga nessa quinta-feira, os pais jogaram o bebê contra uma parede. Foi muito triste o que vimos", contou o tenente Watson Correa, da 131º Cia. O militar alimentou o menino e o encaminhou para a Policlínica do bairro Ressaca, onde foram realizados vários exames, que não constataram nenhum problema de saúde, exceto os ferimentos no corpo, que podem deixar cicatrizes.

A PM constatou que a criança encontrava-se em situação de risco social e comunicou ao Conselho Tutelar o risco que ela corre se voltar ao barracão. "O pai da criança confessou que consome drogas e, segundo os vizinhos, isso acontecia na frente do bebê. Por isso, sugerimos ao Conselho Tutelar que o caso seja levado ao conhecimento da Vara da Infância e da Juventude, para decidir o futuro do bebê", acrescentou o tenente, que encontrou o pai da criança no trabalho.

O embalador Wellington José Rocha (foto), de 32, negou as agressões contra o filho. Segundo ele, o que aconteceu foi um acidente. "Eu havia chegado em casa e encontrei minha mulher com uma faca na cintura. Depois de uma discussão, ela tomou a criança do meu colo, enquanto eu apanhei a faca dela. Foi nessa hora que meu bebê caiu no chão e se machucou", contou Wellington.

A explicação não convenceu os policiais, que prenderam o embalador por abandono de incapaz, lesão corporal e maus-tratos. A mulher dele, Rosângela de Souza Pereira, de 29, deve responder pelos mesmos crimes, mas ela não foi presa.