Contra todos os prognósticos, Raikkonen é o novo campeão mundial de F-1
Por Antonio Colossi
CRÔNICA POPULAR
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Há anos a Fórmula-1 não vivenciava uma temporada como esta, com a competitividade entre os pilotos preponderando nas corridas. E há 21 anos, três pilotos não chegavam na última etapa do mundial com chances de título.
No GP do Brasil, Lewis Hamilton, o estreante-revelação, melhor piloto deste campeonato, não dependia de ninguém para ser campeão do mundo em seu ano de estréia. Já Fernando Alonso e Kimi Raikkonen, respectivamente 2° e 3° lugares no mundial, dependiam de outras combinações.
Na hora da verdade, Hamilton deixou a desejar. Todas as boas performances apresentadas durante o ano, caíram por terra nas duas últimas etapas do campeonato e principalmente ontem em Interlagos.
Erros de principiante apareceram no momento em que não podiam aparecer. A inexperiência de Hamilton falou mais alto no dia que estava marcado para a sua consagração e o sonho de se tornar o 1° estreante campeão do mundo foi por água a baixo.
Raikkonen venceu e se tornou campeão mundial, após 2 vice-campeonatos obtidos na Mclaren em 2003 e 2005.
Raikkonen venceu e se tornou campeão mundial, após 2 vice-campeonatos obtidos na Mclaren em 2003 e 2005.
A corrida
Logo na largada, Hamilton caiu de 2° para o 4° lugar. Ainda na primeira volta, na tentativa de recuperar as posições perdidas, o inglês se precipitou ao tentar ultrapassar Alonso na curva do Lago e perdeu várias posições, caindo para 8°. Na China, onde já deveria ter decidido o título a seu favor, cometeu seu primeiro grande erro no ano. A tentativa de ultrapassagem frustrada no começo da prova no Brasil, custou-lhe o título. Nessa altura, Raikkonen estava em 2° na corrida, com Alonso em 3°, e nesta posição, o espanhol era o campeão. Felipe Massa liderava o Grande Prêmio. 
Na sétima volta, Hamilton tem um problema na caixa de câmbio e dava indícios que abandonaria, pois sua Mclaren se arrastava na pista. Porém o problema foi logo solucionado e o piloto britânico continuou na prova, caindo para o 18° lugar.
Na sétima volta, Hamilton tem um problema na caixa de câmbio e dava indícios que abandonaria, pois sua Mclaren se arrastava na pista. Porém o problema foi logo solucionado e o piloto britânico continuou na prova, caindo para o 18° lugar.
Hamilton a partir daí, lutou para tentar chegar na 5ª colocação, que lhe dava o título, porém tinha que torcer para Alonso não vencer. O inglês fez uma corrida de recuperação e chegou na 7ª posição.
Massa liderava a prova de ponta a ponta, quando faltando 21 voltas para o final, a Ferrari promoveu o jogo de equipe, fazendo com que o brasileiro permitisse após o seu último reabastecimento, a ultrapassagem de Raikkonen, que ainda foi para o boxe restando 18 voltas para o final do GP. E com a mínima vantagem que colocou sobre Massa, seu companheiro de time, rumou para a vitória e para o título.
Raikkonen venceu sua 6ª prova na temporada e alcançou 110 pontos no campeonato, um a mais do que Hamilton, o vice-campeão e Alonso, o terceiro colocado.
A temporada mostrou que a briga interna dos pilotos da Mclaren acabou prejudicando a performance da equipe na hora da decisão, repetindo o que ocorreu há 21 anos com a equipe Williams. (leia texto abaixo)
Na briga entre Piquet e Mansell, quem levou o título foi Alain Prost
Apesar das evidências em contrário, o campeonato mundial de 1986 foi decidido na bandeirada de chegada, no GP da Austrália, entre Prost e Piquet.
A equipe Williams-Honda, a mais competitiva daquela temporada, errou ao tentar dar a Nigel Mansell, um inglês, o título de campeão mundial, em um carro inglês. Patriotismo é uma coisa que não funciona na F-1 e já destruiu outras carreiras. 
Mesmo sem demonstrar durante todo o ano a organização de outros tempos, a Mclaren-Porsche contou com a genialidade de Alain Prost, 3° no mundial de pilotos antes da corrida decisiva em Adelaide, conseguindo desbancar o líder Mansell e o 2° colocado, Piquet, ambos da Williams-Honda, na última etapa da temporada, coroando o “professor” o primeiro campeão mundial em dois anos consecutivos desde 1960.
Hamilton quase foi anunciado campeão
Irregularidades no combustível de Nico Rosberg, da Williams-Toyota e dos pilotos Robert Kubica e Nick Heidfeld, da BMW, quase tirou o título das mãos de Kimi Raikkonen e o passou para Hamilton.
Tudo por causa da temperatura da gasolina, abaixo da especificada pela FIA, até 10 graus abaixo da temperatura ambiente, que durante a corrida em São Paulo girava em torno dos 37°C.
A acusação da Mclaren apontava que a Williams e as BMW estavam correndo com a temperatira entre 23 e 26 graus.
Assim, a quarta colocação obtida na prova em Interlagos por Rosberg, como os 5° e 6° lugares obtidos por Kubica e Heidfeld seriam desclassificados, fazendo com que Hamilton pulasse do 7° para o 4° lugar, dando o título ao inglês.
As 21h50min saiu a confirmação por parte da FIA, que nenhuma irregularidade aconteceu e nenhum piloto seria punido. Quase 6 horas depois, Raikkonen foi anunciado o campeão da Fórmula-1 em 2007, para a festa da Ferrari.
Classificação final do GP do Brasil’2007:
1°) K. Raikkonen (Ferrari)
2°) F. Massa (Ferrari)
3°) F. Alonso (Mclaren-Mercedes)
4°) N. Rosberg (Williams-Toyota)
5°) R. Kubica (BMW)
6°) N. Heidfeld (BMW)
7°) L. Hamilton (Mclaren-Mercedes)
8°) J. Trulli (Toyota)
2°) F. Massa (Ferrari)
3°) F. Alonso (Mclaren-Mercedes)
4°) N. Rosberg (Williams-Toyota)
5°) R. Kubica (BMW)
6°) N. Heidfeld (BMW)
7°) L. Hamilton (Mclaren-Mercedes)
8°) J. Trulli (Toyota)
Fotos GP do Brasil’2007: AP
Fotos Reprodução1986: Antonio Colossi (Agência Crônica Popular)
Fotos Reprodução1986: Antonio Colossi (Agência Crônica Popular)

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