quinta-feira, 29 de maio de 2008

Muito tarde! Homem é inocentado 80 anos depois de ser enforcado

Por Cristina Possamai
Crônica Popular
Um homem enforcado em 1922 pelo estupro e assassinato de uma menina de apenas 12 anos Melbourne, na Austrália, foi inocentado pelo crime nesta terça-feira, dia 27, depois que novos testes compraram que as supostas provas do crime foram forjadas. O homem se chamava Colin Campbell Ross.

"É um caso trágico, em que um erro judicial resultou no enforcamento de um homem", ressaltou o procurador-geral Rob Hulls, segundo informações do Portal G1. "O perdão é o reconhecimento de que há sérias dúvidas quanto à condenação do senhor Ross por assassinato”, assentiu.

A Austrália é pesadamente contra a pena de morte, a última execução aconteceu em 1967, na mesma região. O bandidinho era Ronald Ryan, condenado por ter ajudado em uma fuga de prisão, na qual um guarda foi morto.

O procurador afirmou que o caso de Ross serve de alerta para aqueles que são a favor da volta da pena de morte no país, extinta em 1975.

Todo o procedimento entre prisão e enforcamento não demorou mais do que 115 dias. Testemunhas garantiam que Colin Campbell Ross estava trabalhando na possível hora do crime, o coitado jurou inocência até o seu último suspiro.

Prova fajuta

Os promotores da época construíram a acusação toda em cima de um fio de cabelo achado em um cobertor na casa do acusado e em uma confissão que ele teria declarado a um colega de cadeia, condenado por PERJÚRIO!!!! (mentir sob juramento no tribunal). Os “doutores da lei” determinaram que o cabelo era da menina assassinado, Alma Tirtschke.

“Arquivo Morto” (Cold Case)

O processo brilhante para ilustrar um dos capítulos do aclamado seriado policial Cold Case (“Arquivo Morto” em português), que trabalha apenas com casos antigos e mal resolvidos, só foi reaberto por um acaso do destino (?). Um pesquisador encontrou esse bendito feio de cabelo em um arquivo em 1995. Um simples teste de DNA esclareceu que não pertenciam à vítima.

Dois anos depois, o procurador-geral Hulls exigiu uma apuração dos fatos e uma comissão de juízes concluiu, facilmente, que o processo estava todo errado e impreciso.

A sobrinha de Ross, Betty Everett, porta-voz da família, anunciou estar satisfeita ao ter a certeza de que o tio nunca foi um bandido. "Uma sombra foi tirada do meu coração", confessou ela à rádio australiana ABC.

Já a sobrinha da vítima, Bettye Arthur, declarou ao jornal "Melbourne's Age": "É uma tragédia para todos os envolvidos que o verdadeiro culpado não tenha sido pego e que um homem inocente tenha perdido a vida".

1 Comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pelo blog de vcs, ta muito show de ler, pelo fato de trazer informações e curiosidades, muitas vezes, escondidas e omitidas por muitos portais.. continuem com esse trabalho q concerteza ajudará muito no crescimento profissional de vcs...
abraços
até na facul rapeizes

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