Afastado da seleção brasileira de vôlei às vésperas dos Jogos Pan-Americanos, o levantador Ricardinho permanece muito magoado com o técnico Bernardinho e seus antigos colegas. Em entrevista à revista "UM", o jogador garantiu que não tem planos de voltar a defender o Brasil.
- O Bernardinho é uma pessoa que morreu para mim. Passei por muita tristeza, sofri pra caramba. Se ele (Bernardinho) me ligar, querendo resolver o caso, simplesmente vou responder 'não quero, muito obrigado'. Não conseguiria aceitar depois de tanto tempo - admite Ricardinho, de 32 anos.
Se ele (Bernardinho) me ligar, querendo resolver o caso, simplesmente vou responder 'não quero, muito obrigado'. Não conseguiria aceitar depois de tanto tempo"
O levantador disse ainda que teve atritos com o treinador por reinvindicar os direitos dos jogadores, o que seria uma de suas funções enquanto capitão do grupo.
- Como capitão, estava na linha de frente mesmo. Reivindicava pelos nossos direitos e isso pode ter criado algum atrito. Participei da conversa sobre a divisão de prêmios, também conversamos sobre longas viagens desgastantes. Sei que no dia da apresentação para o Pan, no Rio, a única desculpa que recebi do Bernardinho para minha dispensa era o desgaste no nosso relacionamento - lembra o levantador.
Ricardinho se mostrou especialmente decepcionado com o atacante Giba, a quem tinha como um irmão na seleção brasileira.
- Não somos mais amigos, agora é tudo no profissional. Eu acreditava que ele deveria ser o cara que tinha de apontar o que fiz de errado, o que o Bernardo fez de errado. E todo mundo errou. No começo foi a pessoa que me deixou chateado, mas agora, com calma, entendo que essa é a personalidade dele, em cima do muro. Não poderia esperar do Giba essa reação porque é o jeito dele. Ele não era o amigo que eu pensava que ele fosse.Sobre sua relação com Gustavo, com quem passará a jogar, já que se transferiu para o Treviso, da Itália, Ricardinho afirmou que a relação será apenas profissional.
Se ele (Bernardinho) me ligar, querendo resolver o caso, simplesmente vou responder 'não quero, muito obrigado'. Não conseguiria aceitar depois de tanto tempo"
O levantador disse ainda que teve atritos com o treinador por reinvindicar os direitos dos jogadores, o que seria uma de suas funções enquanto capitão do grupo.
- Como capitão, estava na linha de frente mesmo. Reivindicava pelos nossos direitos e isso pode ter criado algum atrito. Participei da conversa sobre a divisão de prêmios, também conversamos sobre longas viagens desgastantes. Sei que no dia da apresentação para o Pan, no Rio, a única desculpa que recebi do Bernardinho para minha dispensa era o desgaste no nosso relacionamento - lembra o levantador.
Ricardinho se mostrou especialmente decepcionado com o atacante Giba, a quem tinha como um irmão na seleção brasileira.
- Não somos mais amigos, agora é tudo no profissional. Eu acreditava que ele deveria ser o cara que tinha de apontar o que fiz de errado, o que o Bernardo fez de errado. E todo mundo errou. No começo foi a pessoa que me deixou chateado, mas agora, com calma, entendo que essa é a personalidade dele, em cima do muro. Não poderia esperar do Giba essa reação porque é o jeito dele. Ele não era o amigo que eu pensava que ele fosse.Sobre sua relação com Gustavo, com quem passará a jogar, já que se transferiu para o Treviso, da Itália, Ricardinho afirmou que a relação será apenas profissional.
- Agora, no Treviso, com o Gustavo, será estritamente profissional. Não adianta falar que vou sair pra jantar com ele porque isso não vai rolar. Mas na quadra jogamos junto, não há qualquer problema - garante. Apaixonado pelo esporte, Ricardinho revelou que pretende se tornar técnico depois de se aposentar.
- Há uns dois anos eu procuro me aperfeiçoar mais nesse caminho, tentando tirar o melhor de cada técnico, do Andréa Giani (italiano), do Julio Velasco (argentino) e até do Bernardinho. Não quero repetir os erros que eles cometeram. A manha de ser técnico é conhecer cada profissional, como é a convivência com a família dele, em casa, se ele gosta de sair. É enxergar o jogador como ser humano. Fácil é montar o trabalho em quadra, difícil é manter o grupo fora - diz o jogador, que pretende torcer pela conquista do ouro olímpico em Pequim.
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