CRÔNICA POPULAR
No dia 30 de março de 1978, há exatos 30 anos, a cidade de Criciúma amanheceu chocada. Uma explosão na madrugada daquele dia, por volta das 2h30min, levou abaixo a estrutura de um prédio de três andares provocando a morte de 11 pessoas na rua Henrique Lage, no centro da cidade.
As construções próximas ao prédio também sofreram abalos com vidros estilhaçados e portas de ferro retorcidas. Criciúma parou e se mobilizou para velar os corpos na então Igreja matriz São José. A tragédia jamais saiu da memória de quem foi contemporâneo desta época.
Contudo, a causa das mortes ainda era um mistério. Mas isso, a polícia não tardou em desvendar. Após uma rápida investigação, todos os indícios apontaram para o dono do prédio, o comerciante Raul Oliveira, que acusado de forjar a explosão para receber um seguro da malharia que lhe pertencia e que se localizava no andar térreo, foi condenado a 252 anos de prisão, dos quais cumpriu 17.
Outras três pessoas ligadas à Oliveira estiveram envolvidas com o crime e quase foram a óbito ao preparar o artefato que propiciou a explosão. Naquela noite, somente a família do comerciante, que morava no prédio, não se encontrava em casa. Atualmente, outro edifício foi erguido no lugar. Entretanto, a recordação dos acontecimentos na rua Henrique Lage permanece marcada na lembrança dos mais antigos, colocando-se como uma das maiores tragédias vivenciadas em Criciúma.
Leia o que a revista Veja relatou à época:
Foto do acidente: Agência RBS
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