sexta-feira, 18 de abril de 2008

Últimas notícias do caso Isabella

Do Portal G1

A partir do conjunto de laudos técnicos, obtidos com exclusividade pela TV Globo, a polícia decidiu indiciar o pai e madrasta pelo assassinato de Isabella Nardoni, que faria 6 anos nesta sexta-feira (18). A polícia tinha informações sobre mancha de sangue no carro da família, que preferiu esconder até esta sexta, dia que pai e madrasta foram depor. Foi uma maneira de confundir a defesa do casal.

Alexandre Nardoni depôs por cerca de 8 horas, até pouco antes das 20h. Na seqüência, foi a vez de Anna Carolina Jatobá. O depoimento dela deve terminar por volta das 3h. Não está descartada uma acareação entre os dois ainda nesta madrugada.

Os laudos da perícia são peças técnicas, resultado das várias visitas dos peritos ao local do crime e do exame do corpo da vítima. O trabalho foi registrado em três conjuntos de laudos.


Horário

Um deles trata da imagem do carro de Alexandre Nardoni e Anna Carolina, gravada pelas câmeras do prédio da frente. Mas, ao contrário do que os peritos pretendiam, não foi possível precisar a hora que o casal chegou.


Politraumatismo

Outro documento é sobre o corpo da menina, e traz a causa da morte: politraumatismo (várias fraturas). O quadro foi agravado pela asfixia que Isabella sofreu quando ainda estava dentro do apartamento.


Cena do crime

O conjunto de laudos mais complexo é aquele que retrata a cena do crime - o que inclui o carro dos Nardoni. Os peritos concluíram que havia sangue dela no encosto do banco dianteiro, atrás do motorista; no assoalho entre as duas fileiras de bancos e na lateral da cadeirinha de bebê, no banco de trás.


Estratégia

O sangue de Isabella no carro da família era a prova pericial que a polícia guardava em sigilo. Durante a investigação, peritos chegaram a dizer que os vestígios eram insuficientes para fazer o exame e que não tinham certeza se o material era sangue. Mas se tratava de uma estratégia. A defesa só teve acesso a essa informação nesta sexta-feira (18), durante o interrogatório do pai da menina. Os peritos fizeram ainda uma simulação: um homem com a mesma altura de Alexandre Nardoni jogou uma boneca pelo buraco de uma rede de proteção. A rede deixou marcas na camiseta que o homem usava. Marcas do mesmo tipo foram encontradas na camiseta do pai de Isabella.


Pegadas

No quarto de onde Isabella foi jogada, havia três pegadas. Todas de Alexandre Nardoni. Pela simulação da perícia, ele subiu na cama das crianças e se desequilibrou.


Muro

Os peritos também afirmam que a única forma de entrar no prédio sem ser visto seria escalando o muro. Mas eles não acharam sinal algum de invasão - e descartaram a possibilidade uma terceira pessoa na cena do crime, além do casal.


Sangue

Os pingos de sangue de Isabella faziam um caminho da porta de entrada do apartamento até o quarto de onde ela foi arremessada. Quando o sangue pingou, Isabella estava a uma distância entre 1,2 metro e 1,5 metro do chão. Os peritos consideraram que a menina, ferida, era carregada por alguém que tem a altura compatível com a de Alexandre Nardoni, o pai.


Fralda

Os peritos afirmam ainda que a fralda encontrada no apartamento, suja de sangue de Isabella, já havia sido usada dentro do carro. Tanto a fralda, como uma toalha sujas de sangue foram lavadas no mesmo dia. Mas o sangue deixou vestígios.

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