terça-feira, 20 de maio de 2008

De quem é a Amazônia, afinal? Pergunta artigo do The New York Times

Jornal americano publicou no último domingo, reportagem afirmando que Brasil teme por sua soberania na Amazônia

Por Cristina Possamai
Crônica Popular

A polêmica matéria do The New York Times confirma que a proposta encabeçada por líderes mundiais de que a floresta amazônica não é propriedade exclusiva de nenhum país, está dando dor de cabeça aos governantes brasileiros.

Na reportagem intitulada “De quem é esta floresta amazônica, afinal?", assinado pelo correspondente do jornal no Rio de Janeiro Alexei Barrionuevo, o jornal fala que "um coro de líderes internacionais está declarando mais abertamente a Amazônia como parte de um patrimônio muito maior do que apenas das nações que dividem o seu território".

E a matéria vai mais longe ainda ao citar o ambientalista e ganhador do premio Nobel, Al Gore, que em 1989 teria dito que "ao contrário do que os brasileiros acreditam, a Amazônia não é propriedade deles, ela pertence a todos nós".

"Esses comentários não são bem-aceitos aqui (no Brasil)", ressalta a publicação no jornal americano. "Aliás, eles reacenderam velhas atitudes de protecionismo territorial e observação de invasores estrangeiros escondidos”.


A velha picuinha

Não é de hoje que os brasileiros são assombrados com declarações de americanos, ou de demais estrangeiros alegando que a floresta amazônica pertence ao mundo e não ao Brasil, que a Amazônia deveria ser considerada um patrimônio da humanidade e tratada como tal.

A notícia do The New York Times só reascende a velha fantasia de que nas escolas e faculdades americanas, o território dominado pela floresta seria denominado como uma área internacionalizada e sem bandeira de nação soberana.

Entretanto, reportagens como “De quem é esta floresta amazônica, afinal?”, deveriam ser muito bem analisadas antes de publicadas e remetidas ao grande público. Por mais honrado que fosse dividir os cuidados de proteção e preservação da Amazônia com todo o mundo, ou ao menos com os Estados Unidos maior idealizador da causa, não podemos esquecer que a então maior potência mundial é também disparada a maior poluidora.

Então, aparentemente tirar de um país a responsabilidade sobre o seu próprio território não parece a maneira correta de resolver o impasse. Prós e contras existem, porém, devemos pensar que não há melhores indicados a cuidar do que é nosso do que nós mesmos.

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