Do Portal G1
Uma denúncia levou fiscais do Ministério Público do Trabalho a uma fazenda que escravizava trabalhadores. Impedidos de sair, eles bebiam água suja e eram obrigados a trabalhar mais de 12 horas sem equipamento adequado.
Barracos improvisados com cobertura de lona. Camas feitas com pedaços de madeira. Para beber e fazer a comida, os trabalhadores tinham que retirar de um poço artesiano uma água suja e barrenta.
Essa era a situação na Fazenda Gameleira, no município de Riachão das Neves, na região oeste da Bahia. Os trabalhadores eram obrigados a enfrentar uma jornada de 12 horas por dia, no meio do mato, sem botas e sem luvas.
De acordo com os trabalhadores, o dono fazenda cobrou antecipadamente a comida e o aluguel dos barracos. Os fiscais flagraram o trabalho escravo na fazenda depois que um trabalhador conseguiu fugir e denunciar o problema.
O fazendeiro vai ser processado por promover trabalho escravo. O MP acredita que essa situação possa estar se repetindo em outras fazendas do oeste da Bahia.
Segundo o MP, o oeste da Bahia; a região do Bico do Papagaio, no Tocantins; o sul do Pará; e o estado de Mato Grosso são as áreas que concentram a maior parte dos casos de trabalho escravo no Brasil. Só no ano passado, em 197 fazendas de todo o país foram libertados mais de 5.800 trabalhadores.
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