segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Especial: Balanço do desempenho da ginástica brasileira

Do GloboEsporte

Uma das maiores esperanças de medalhas em Pequim, a equipe brasileira de ginástica artística retornará de mãos vazias. Neste domingo, dia 17, Diego Hypolito e Daiane dos Santos, no solo, e Jade Barbosa, no salto sobre o cavalo, encerraram, sem sucesso, a participação do Brasil na competição.


Bicampeão mundial no solo e apontado como grande favorito, Diego Hypolito se classificou para a final com a primeira nota do aparelho, Ele optou por uma série conservadora para a decisão, deixando de lado o salto "Hypolito", considerado muito arriscado. O brasileiro fazia uma boa apresentação, mas caiu na última aterrissagem e desperdiçou qualquer chance de brigar por uma medalha. Perplexo, ele sequer saudou o público ao se levantar. Depois, chorou e saiu extremamente abalado do ginásio.

Jade também não corresponde às expectativas

Se decepção é uma palavra forte para resumir a campanha de Jade Barbosa, fica a impressão também que a ginasta poderia ter obtido resultados melhores. Bronze no individual geral no Mundial de Stuttgart, no ano passado, a atleta de 17 anos ficou em décimo lugar em Pequim. Jade também não foi bem no solo, uma de suas especialidades, e sequer chegou à final. Depois, no salto sobre o cavalo, errou nas suas duas passagens e acabou em sétimo.

Na disputa por equipes, Jade compôs a equipe brasileira que, ao lado de Daniele Hypolito, Ana Cláudia Silva, Daiane dos Santos, Laís Souza e Ethiene Franco, classificou-se pela primeira vez para uma decisão olímpica. O oitavo e último lugar na final, se não pode ser visto como ruim, também não chega a empolgar, já que o Brasil terminou em quinto no último Mundial.

Desacreditada pelo técnico, Daiane é a única a fazer a final do solo


A última chance de medalha do Brasil veio representada por Daiane Santos no solo. A brasileira fazia uma apresentação boa, mas pisou duas vezes fora da área delimitada e terminou em sexto lugar.

Decepção? Não desta vez, já que a ginasta não era apontada nem pelo próprio técnico, o ucraniano Oleg Ostapenko, como uma das credenciadas a subir ao pódo. Porém, aos 25 anos, Daiane dificilmente voltará a participar das Olimpíadas. E deve ter se lembrado de Atenas, quando era favoritíssima no solo, mas errou e acabou somente em quinto lugar.

A ginasta aproveita para destacar a importância de manter a estrutura da seleção feminina. Após as Olimpíadas, a equipe irá se desfazer e as ginastas deixarão o CT de Curitiba e voltarão a treinar em seus clubes. A decisão sobre a continuidade do modelo atual caberá ao novo presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que será eleito no final do ano.

"É um trabalho maravilhoso, merecíamos chegar onde estamos. Trabalhamos muito para isso. Essa estrutura precisa ser mantida para que a gente evolua ainda mais", ressalta acertadamente Daiane.

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