terça-feira, 4 de novembro de 2008

Surge o Itaunibanco, o maior banco do país

Da Folha Online

O presidente do Unibanco, Pedro Moreira Salles, afirmou que o processo da fusão com o Itaú foi fruto da decisão do Santander de comprar o Real e que só resistiu a todas as propostas anteriores para a compra do banco porque nenhuma delas se adequava ao que planejava para o futuro do Unibanco.

Segundo ele, a reunião com o presidente do Itaú, Roberto Setubal, sempre foram discretas. "As conversas sempre foram só entre nós dois. Foram umas 15 a 20 reuniões ao longo de 15 meses", afirmou. "Para você ter idéia, o advogado da transação, o Gabriel Jorge Ferreira, que é do Unibanco, só foi chamado para desenhar a operação na quinta-feira passada."

Nos últimos 15 anos, o Unibanco tem sido alvo constante de boatos de venda, nunca confirmados. Em dezembro de 2000, numa de suas raras entrevistas, Moreira Salles deu entrevista à Folha negando a venda do banco. Na época, os boatos eram de uma possível ofensiva de um grande banco espanhol.

A crise financeira global, no entanto, deixou o banco exposto. Os boatos voltaram a circular nas últimas semanas, o que obrigou o Unibanco a antecipar a divulgação do balanço com números bastante confortáveis.

Fusão

Os planos de Itaú e Unibanco, que anunciaram a fusão nesta segunda-feira, é ganhar projeção internacional. Os executivos dos dois bancos afirmaram que a nova instituição tem capacidade para ter escala global, acompanhando o processo de internacionalização pelo qual passam as empresas brasileiras.

A fusão do Itaú e Unibanco formará o maior banco do país e o maior grupo financeiro do Hemisfério Sul. Segundo comunicado divulgado pelos bancos, o "valor de mercado fará com que ele [grupo] fique situado entre os 20 maiores do mundo". O total de ativos combinado é de mais de R$ 575 bilhões --contra R$ 403,5 bilhões do Banco do Brasil, e R$ 348,4 bilhões do Bradesco.

Setubal reconheceu que a fusão com o Unibanco pode despertar ou acelerar aquisições entre outras instituições financeiras. Para ele, isso é "natural dentro do processo de consolidação vivido pelo setor financeiro". Setubal disse ainda acreditar que, no futuro, o Brasil terá cinco ou seis bancos fortes.

Em entrevista coletiva à imprensa, Salles e Setubal reafirmaram que para os correntistas nada muda por enquanto --segundo eles, que não mencionaram prazos, a primeira medida prática seria a integração dos caixas-eletrônicos. Antes de qualquer mudança, falta a aprovação dos órgãos competentes, como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) --o órgão ainda não foi notificado e informou que não se manifestará.

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