quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Seleção joga mal e é vaiada no Engenhão

Do GloboEsporte

Público abaixo do esperado, futebol idem. Após bela atuação e goleada sobre o Chile no domingo, o Brasil jogou mal nesta quarta-feira e ficou no 0 a 0 com a lanterna Bolívia, que ainda teve um jogador expulso no início do segundo tempo. A seleção foi muito vaiada no Engenhão e ouviu a torcida carioca cantar “adeus, Dunga” e gritar "olé" para os bolivianos no final da partida.

O resultado deixa o Brasil com 13 pontos, na segunda colocação das eliminatórias para a Copa. O líder é o Paraguai, que tem 17. Argentina e Chile também somam 13, mas perdem para os brasileiros no saldo de gols. A Bolívia tem apenas cinco, em último.

Com capacidade para 45 mil pessoas, o Engenhão recebeu 31.422 torcedores nesta quarta. Um número considerado baixo, já que a CBF esperava esgotar todos os ingressos no primeiro dia de venda. Quem foi ao estádio se irritou com a falta de atitude do time de Dunga, que não conseguiu furar a retranca boliviana e pouco lembrou o futebol apresentado contra o Chile. Por ironia do destino, o próximo jogo da seleção no Brasil provavelmente será de novo no Rio, em 15 de outubro, contra a Colômbia. Mas desta vez no Maracanã. Três dias antes, a equipe enfrenta a Venezuela, em San Cristobal.

Luis Fabiano, principal jogador no 3 a 0 sobre o Chile em Santiago, quase não tocou na bola, mas quase cavou um pênalti aos 42 do segundo tempo. Ronaldinho procurou pouco a bola na partida, assim como Robinho. O lateral-esquerdo Juan, preferido dos flamenguistas, foi quem mais participou do jogo, mas não conseguiu o gol. Diego levou o segundo cartão amarelo e abre lugar para Kaká voltar ao time contra a Venezuela.

Se contra o Chile havia espaço de sobra para jogar, o Brasil encontrou dificuldades para superar a defesa da Bolívia, que entrou em campo como a mais vazada das eliminatórias: eram 20 gols sofridos em sete partidas.

A primeira reação da torcida no Engenhão foi aos 17, quando Maicon cruzou da direita, Luis Fabiano subiu bem e cabeceou por cima. Um grito de “uh” no estádio, não de vaia, mas de lamento pela bola para fora.

Três minutos depois, a melhor chance do primeiro tempo. Ronald Garcia arriscou de longe, Julio César rebateu e Jaime Moreno, dentro da área, chutou rente ao gol brasileiro. A partir daí, a torcida carioca começou a perder a paciência com a seleção.

Aos 24, Maicon errou um cruzamento e o Engenhão ouviu as primeiras vaias ao time de Dunga. Três minutos depois, a equipe errou muitos passes no meio-campo e o volume das reclamações aumentou. Aos 35, até gritos por Obina saíram das arquibancadas, puxados, claro, por flamenguistas. Outro rubro-negro a chamar a atenção era o lateral-esquerdo Juan. Quando pegava na bola, os fãs do Fla aplaudiam, mas os dos outros clubes cariocas vaiavam.

Robinho cava expulsão de boliviano

Quando o árbitro equatoriano Alfredo Intriago apitou o intervalo, muitas vaias. A torcida chegou a cantar até “Adeus, Dunga”. Os jogadores deixaram o gramado reclamando da retranca boliviana.

No segundo tempo, em oito minutos o Brasil ficou com mais espaços: Ignacio Garcia dividiu com Robinho, o brasileiro foi esperto, caiu com a mão na perna e o juiz deu cartão vermelho para o boliviano.

Mesmo assim, a seleção pouco chegava perto do goleiro Arias. Aos 15, Dunga tirou Lucas e colocou Júlio Baptista. O resultado? Vaias e gritos de “burro”. A torcida resolveu pegar no pé do time e vaiava Josué e Ronaldinho sempre que pegavam na bola.

A entrada de Júlio Baptista deixou o Brasil mais ofensivo. Aos 20, Juan cruzou para Ronaldinho na área, mas a zaga afastou. Quatro minutos depois, a melhor jogada brasileira no jogo: após bela troca de passes entre Luis Fabiano, Robinho e Diego, Júlio Baptista chutou de fora e Arias defendeu.

Aos 30, a chance de Juan: Ronaldinho rolou para o lateral na entrada da área, mas o camisa 6 chutou por cima, para desespero dos flamenguistas no estádio. Logo depois, o camisa 10 deixou o gramado muito vaiado para a entrada de Nilmar.

Pablo Escobar, contratado recentemente pelo Ipatinga, entrou no lugar de Marcelo Moreno e em seu primeiro lance fez falta em Josué quase na linha da grande área. Elano cobrou nas mãos do goleiro boliviano, aos 34.

Aos 46, o último "uh", também por lamento. Após cruzamento em falta, Júlio Baptista subiu bem e cabeceou rente à trave esquerda.

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