Do G1
A aquisição de US$ 10 bilhões em bônus do Fundo Monetário Internacional (FMI) pelo Brasil, operação que foi confirmada nesta segunda-feira (5) pelo ministro Guido Mantega na Turquia, não baixará o nível das reservas internacionais brasileiras, atualmente acima de R$ 224 bilhões, informou o Ministério da Fazenda.
Segundo o governo, essa operação "apenas altera a composição das reservas internacionais do país, contribuindo para sua diversificação". "A compra de notas envolverá a aquisição de ativos emitidos pelo FMI e imediatamente conversíveis em moedas de liquidez internacional, se necessário", acrescentou.
As reservas internacionais brasileiras são investidas em aplicações consideradas mais seguras. A maior parte das reservas está aplicada, atualmente, em títulos do tesouro norte-americano, segundo dados do Banco Central.
Prazo e juros
Os títulos do FMI, segundo o governo brasileiro, serão emitidos "segundo as necessidades de recursos do Fundo" e terão prazos de repagamento iguais aos que vigoram nos empréstimos do FMI (três anos e um trimestre de carência e cinco anos de prazo total).
"Serão denominadas em direitos especiais de saque (DES), com juros pagos trimestralmente, baseados na taxa de juros do DES. Essa taxa de juro é a média ponderada das taxas de juro de curto prazo dos EUA, Zona do Euro, Japão e Reino Unido, estando atualmente em 0,25%", informou o governo.
Decisão do G20
O Ministério da Fazenda lembra que o acordo, para comprar US$ 10 bilhões em títulos do FMI, é parte da decisão de ampliar a capacidade de empréstimo da instituição de crédito internacional, conforme acordado pelos líderes do G20.
"Com este objetivo, diversos países (Japão, Canadá, Noruega, França, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Espanha e Países Baixos) já concluíram acordos bilaterais de empréstimo, aprovados pela Diretoria do Fundo. A China, o Brasil, a Índia e a Rússia fizeram a opção pela modalidade de compra de notas", acrescentou o governo.
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